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Igrejas assumem o seu papel profético.

 

Apesar do silencio momentâneo da fase de estudos do projeto binacional Garabi Panambi, que pretende construir mais duas barragens no Rio Uruguai, há alguns pequenos movimentos do Consórcio no sentido de retomar o projeto o quanto antes. Este momentâneo silencio e calmaria também está sendo utilizado pelas famílias, movimentos sociais, sindicatos e Igrejas para informar, formar opinião e dar continuidade à organização de base das famílias ameaçadas.

Com este propósito, em 15 e 16 de setembro de 2015, o Sínodo Noroeste Riograndense (IECLB) e o Distrito de Missiones (IERP) promoveram uma conferência de ministros e ministras de ambas as Igrejas, em Eldorado, na Argentina. A pauta do encontro era a tarefa das Igrejas no processo de informação, formação e organização das comunidade e famílias ameaçadas pelo projeto de barragens. Do encontro resultaram duas ações concretas. A primeira foi emitir um posicionamento de ambas as Igrejas, não somente para as comunidades, mas para toda a sociedade. Ambas as Igrejas manifestaram que são terminantemente contrárias a construção das represas Garabí e Panambi, sobre o Rio Uruguai, devido a quantidade de represas que já estão afetando e impactando a qualidade da água do rio e a saúde da população. As Igrejas em tom de denúncia também afirmam que há falta de informação transparente por parte das empresas do Consórcio e dos meios de comunicação locais, que defendem a construção das barragens, assim vulgarizando e minimizando as consequências dos impactos ambientais, sociais e econômicos, baseados nos estudos de viabilidade do projeto. Finalizando o manifesto, os ministros e ministras da IECLB e da IERP, fazem um chamado ao compromisso de todas as igrejas, para que tenham uma clara posição contra as represas, por elas serem prejudiciais ao meio ambiente, à sociedade humana e causarem enormes perdas econômicas aos atingidos. Há muitos meios alternativos de produção de energia, com impactos bem menores ao meio ambiente.

A segunda ação é a celebração e ato ecumênico internacional em favor do Rio Uruguai e contra as barragens binacionais de Garabi e Panambi. O evento ocorrerá no dia 12 de março de 2016 na praça da cidade de Alba Posse na Argentina, a partir da 10:00hrs e está inserido numa série de atividades alusivas ao Dia Internacional de Luta contra as Barragens (14 de março). O evento terá caráter ecumênico e internacional e está sendo promovido pelo Sínodo Noroeste Riograndense – IECLB e a Diocese de Santo Ângelo da Igreja Católica, juntamente com as Igrejas parceiras da Argentina, Distrito Missiones da Iglesia Evangelica del Rio de La Plata e o Distrito Norte da Iglesia Evangelica Luterana Unida.

Com a celebração e o ato ecumênico as Igrejas pretendem expressar o seu compromisso profético em favor das famílias ameaçadas pelos projetos, ignoradas em seus direitos e vitimadas, sendo apenas um empecilho a ser removido. Será a oportunidade de denunciar as violações de direitos humanos e também dos impactos ambientais que acabarão por matar o Rio Uruguai. Há por parte das Igrejas uma forte crítica a essa proposta energética de mão única que sacrifica pessoas e o meio ambiente somente pelo desejo de lucro por parte das grandes empresas e seus acionistas.

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Graça e Paz a todos e todas.

A Pastoral Popular Luterana está com uma nova equipe de coordenação nacional desde 1º de agosto de 2015. Na condição de coordenador nacional da PPL, me dirijo a vocês por meio desse texto de motivação e de apresentação da PPL. Percebo uma tarefa enorme na condição de coordenador. A PPL tem uma história longa, rica e responsável em relação ao Evangelho de Jesus Cristo. A PPL continua sendo atual e necessária. Por isto seguem algumas reflexões acerca de como palpita o meu coração quando, agora, redescubro e revisito a PPL. Posso afirmar que:

Somos um movimento primeiramente pastoral. O espaço privilegiado é a vida cotidiana, o chão batido, a realidade das pessoas. Está associada às demandas do contexto, que necessitam ser corretamente compreendidas. Então tem a prerrogativa de responder as demandas que a realidade lhe apresenta. Portanto como pastoral, necessitamos estar inseridos na realidade cotidiana e em função dessa realidade, dar um sentido e um testemunho de esperança. Nossa atuação pastoral se dá em favor do/a oprimido/a para que se aproprie do direito de ser protagonista na sociedade. As nossas raízes pastorais estão na teologia da libertação e ela nos tem sido um ótimo instrumento na oração, na leitura e interpretação bíblica e no serviço comunitário.

Somos uma pastoral inserida e atuante no meio popular. Essa é a realidade que a pastoral frequenta. É uma pastoral que visita a diversidade de vozes que hoje se manifestam contra a economia especulativa, as injustiças sociais, o mercado da fé e a intolerância étnica e religiosa. É popular porque ouve, acolhe e se solidariza com a diversidade de vozes que desejam uma sociedade democrática, que respeita os direitos humanos e dialoga com outros a respeito de assuntos de ordem socioeconômica e religiosa. Entende que ninguém é detentor da verdade única, mas que o âmbito popular nos proporciona a diversidade de tensões, visões, esperanças e ações. Lá queremos estar e participar. Mas não esquecemos o que nos é próprio e particular. O nosso jeito de ser, de crer e de viver a boa notícia do Reino de Deus.

Somos uma pastoral popular luterana. Somos luteranos e luteranas. Dentro da diversidade, a confessionalidade luterana é a nossa identidade. É que temos de mais próprio, só nosso. No meio e entre os outros, o jeito luterano de ser e crer é o que nos dá uma identidade própria. É o ritmo, só nosso, com que bate o coração e pulsa a nossa vida quando se trata de viver a fé e praticar a justiça. Quando falamos a partir da nossa confessionalidade, somos mais uma voz na pluralidade de vozes. Mas trata-se de uma voz clara, corajosa, solidaria, sóbria e profética. Quando nossa voz se faz ouvir não é pretensiosa a ponto de querer falar pela totalidade. Do nosso jeito de ser não conseguimos atender nem contemplar todas as questões que hoje palpitam e necessitam da presença da Igreja. Por isto somos parceiros e aliados de tantos outros irmãos e irmãs, diferentes de nós no seu jeito de falar, celebrar e viver sua fé. Isto não nos torna adversários nem inimigos. Antes nos aproxima, pois na diversidade encontramos encantamento e o/a outro/a se torna companheiro/a da caminhada e de luta pela dignidade de vida de toda a humanidade e da criação de Deus.

Estamos dando continuidade a caminhada histórica da PPL. Ela foi e continua sendo importante para muitas pessoas da IECLB e também fora dela, no meio ecumênico e popular. Queremos continuar dando a nossa contribuição na vivencia da fé em nossas comunidades, na inserção nos movimentos sociais e populares, no anuncio libertador do evangelho mediante a superação de toda forma de intolerâncias e preconceitos.

A Pastoral Popular Luterana está muito viva e disposta a exercer o seu papel de denúncia e anúncio, correspondendo assim ao chamado de Jesus Cristo.

Pela Coordenação Nacional da PPL
P. Renato Küntzer

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Posicionamento sobre os 40 dias do rompimento da barragem de Mariana – MG

No momento em que 40 dias nos separam do rompimento da barragem em Mariana/MG, a Pastoral Popular Luterana preocupada com as catastróficas consequências humanas e ambientais, com a direção que o processo judicial está tomando e em solidariedade a todas as vítimas desse crime humano e ambiental, sente-se na obrigação de lembrar, como testemunha do evangelho libertador e profético de Jesus Cristo, o sofrimento e o descaso com as inúmeras vítimas da tragédia. Após 40 dias as pessoas são tratadas apenas como vítimas de um infortúnio, os mortos tornaram-se apenas uma estatística numérica sem história de vida. Lamentavelmente o fato já está num processo de esquecimento, sendo substituído nos meios de comunicação por outros eventos sensacionalistas.

Como pessoas cristãs, não podemos tapar os olhos e ouvidos, com vistas a não ver e escutar o drama enfrentado pelas milhares de pessoas atingidas de forma direta e indireta pela catástrofe. Atentamo-nos ao clamor do meio ambiente que mais uma vez é vítima do lucro a qualquer custo, atendendo assim as regras do sistema capitalista. Jesus demostra em seu ministério uma opção clara para com todos os grupos marginalizados de seu tempo (Mateus 25. 31,46). Cristo se mostra intimamente ligado aos sedentos, famintos, estrangeiros, doentes e presos, ou seja, a todos os grupos vitimados e excluídos, de modo, que não podemos entrar em comunhão com Ele sem o comprometimento com a transformação de todas as situações e estruturas que comprometem a dignidade humana. Só podemos encontrá-lo entre as vítimas de nosso tempo e, talvez, em meio a quem com elas se solidariza e assume sua luta. Nesse sentido, nos solidarizamos e damos testemunho da presença de Cristo entre as várias vítimas não só do distrito de Bento Rodrigues que foi dizimado, mas também entre as populações que dependiam do Rio Doce e do seu ecossistema para sobreviver. Entre as milhares de pessoas atingidas se encontram muitas pessoas membros da IECLB, especialmente no estado do Espírito Santo.

O compromisso dado a nós de cuidar da criação, a qual foi confiada pelo próprio Deus, quando chamou este mundo à existência por meio da Palavra criadora (Gênesis 2.15), não pode fazer com que nos acomodemos diante deste lamentável crime ambiental e humano. A empresa Samarco, responsável direta pelo vazamento da barragem do Fundão, é de propriedade da poderosa Vale (50%) enquanto a outra gigantesca empresa britânico-australiana BHP Billiton é proprietária dos outros 50%.

Diante do ocorrido, entendemos que tanto a Samarco quanto as duas poderosas proprietárias devem ser responsabilizadas criminal e civilmente, sendo assim, exemplarmente punidas e responsabilizadas pela recuperação e indenização total das consequências do crime por elas cometido. As consequências desta tragédia já afetaram e continuarão afetando o ecossistema do Rio Doce por várias gerações, como também a região litorânea do Espírito Santo, onde a lama vermelha teve o seu destino final. Como pessoas e comunidades cristãs devemos nos manter atentos para que os responsáveis não se esquivem de suas responsabilidades e saiam impunes.

Igualmente, a solidariedade para com as vítimas não pode ficar apenas em ações de assistência pontuais (o que no primeiro momento sem dúvida foi importante devido à situação crítica), mas deve nos levar a atitudes proféticas que anunciem esperança às pessoas vitimadas e em relação à recuperação – tanto quanto possível – do ecossistema do Rio Doce. Que seja ao mesmo tempo corajosa em denunciar os culpados como também em cobrar o cumprimento das suas obrigações emergenciais e legais, o que vale também para os órgãos públicos implicados nas três instâncias (municipais, estaduais e federal).

Por fim, entendemos que os governos e agências de fiscalização devem ser corresponsabilizadas por todo e qualquer crime contra o meio ambiente que, na visão bíblica, é Criação de Deus. Tudo indica que os órgãos de fiscalização não fiscalizam adequadamente, o que gera distorções e compromete a aplicação da legislação pertinente, como nesse caso extremo. Parece evidente que houve falta de fiscalização ou – quem sabe – até mesmo cumplicidade na autorização para a implantação dos empreendimentos mineiros que visam única e exclusivamente interesses econômicos, sem as salvaguardas necessárias para o bem estar do povo e do meio ambiente.

Por isto reiteramos que o crime cometido por negligência e busca desenfreada do lucro não caia no esquecimento da sociedade brasileira. As vítimas continuam sua árdua caminhada pelo deserto correndo o risco de serem esquecidas e permanecerem sem os seus direitos respeitados e atendidos com justiça. Faz 40 dias que um rio de lama passou pela vida dessas pessoas.

Palmitos, 15 de Dezembro de 2015.
Coordenação nacional da Pastoral Popular Luterana (PPL).
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As cinzas da penitência

Texto de Carlos A. Dreher

A tradição das cinzas como sinal de penitência remonta à Bíblia Hebraica. No Livro de Jonas, (3.5-8), o ritual é descrito com detalhes. Em sinal de arrependimento, o rei de Nínive proclama um jejum. Ele e as pessoas em Nínive rasgam as vestimentas bonitas, vestem-se de panos de saco e sentam-se sobre cinzas. Até os animais domésticos devem seguir este rito.
No Primeiro Livro dos Reis (21.27) ocorre um rito semelhante: em sinal de arrependimento, o rei Acabe rasga suas vestes, cobre-se de pano de saco, jejua e dorme sobre panos de saco. Aqui, porém, as cinzas não são mencionadas. Também Jó (1.20), após perder tudo o que tinha, rasga seu manto, raspa a cabeça e se lança em terra. Mais adiante (2.8) senta-se em cinzas. Aqui não se trata de arrependimento, mas de uma espécie de luto pelo que se perdeu.
A Igreja assumiu essa tradição. A partir do século VII, já se conhece a Quarta-Feira de Cinzas como o início da Quaresma, o período de jejum que antecede a Páscoa. É tempo de penitência, em preparação à festa da Ressurreição.
Na Quarta-Feira de Cinzas, os penitentes são vestidos com roupas penitenciais, cobertos de cinzas. A partir do século X, passa-se a consagrar as cinzas. Mais tarde, em torno de 1090, clérigos e leigos são marcados na testa com uma cruz feita de cinzas obtidas de ramos guardados desde o Domingo de Ramos do ano anterior.
O tempo de penitência e de jejum irá durar quarenta dias, a contar da Quarta-Feira de Cinza, terminando no Sábado de Aleluia. Não se contam os domingos, pois cada um deles lembra a Ressurreição de Jesus. Não se pode jejuar no dia da maior alegria cristã.
Pela tradição israelita, assumida pelos cristãos, o domingo começa às 18h de sábado, estendendo-se até às 18h de domingo. Assim, o jejum é suspenso no sábado à noite e retomado ao anoitecer de domingo. Não há, pois, nada de errado em alegrar-se e festejar no sábado à noite e no dia de domingo.
Por último, vale lembrar o significado do jejum. Não se trata de dieta para emagrecer ou desintoxicar, ainda que isto seja um benefício adicional. Trata-se mesmo de deixar de comer algo que se irá dar para quem nada tem de comer. O que eu não como irá beneficiar alguém que passa fome constantemente.
É interessante que, até hoje, algumas famílias negras fazem churrasco na Sexta-Feira Santa. É que, no passado, senhores brancos cristãos deixavam de comer carne naquele dia e a davam a seus escravos, que, então, podiam alegrar-se com aquele presente, fruto do jejum.

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Presidenta Dilma recebe representantes de igrejas cristãs no Palácio do Planalto

A presidenta Dilma se reuniu, nesta quarta (10), com representantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) para falar sobre a Campanha da Fraternidade 2016, lançada hoje. Com o tema “Casa Comum, Nossa Responsabilidade”, sobre saneamento básico, a campanha vai trabalhar também a necessidade de combater o Aedes aegypti.

 

 

Fonte: http://blog.planalto.gov.br/presidenta-recebe-representantes-de-igrejas-cristas-para-discutir-apoio-no-combate-ao-aedes-aegypti/

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Bem Vind@s

Com alegria compartilhamos com vocês o novo Site da Pastoral Popular Luterana.
Que este instrumento possa ser usado para alimentar e fortalecer a nossa caminhada e nossa fé na busca de justiça, de igualdade e paz.
Que este seja um espaço transformador e possa ligar a PPL de Sul ao Norte, também neste mundo a fora.
Toda família PPL está convidada a participar e semear o Testemunho e Ação com alegria, honestidade e compromisso.
Que Deus continue nos Abençoando na caminhada
Bem vind@s ao novo Site da Pastoral Popular.

(texto de Jair Fernando Beskow)

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Eventos Mulheres Noticias

IV Encontro Intersinodal de Mulheres PPL

 

Pelo fim da violência domésticas

 

Para você, Mulher, que preza pela dignidade de vida;

Que vê mulheres sofrendo abuso;

Que sente que há menosprezo no trabalho, na casa, na rua;

Que ora e clama por justiça e paz;

Vamos testemunhar nossa fé e promover a justiça!

Você é convidada a participar do

IV Encontro Intersinodal de Mulheres PPL

Assessoria da Fundação Luterana de Diaconia – FLD (Nem tão Doce Lar)

Dia 20 de Março de 2016

No Centro Comunitário Evangélico – CCE em Palmitos-SC

Com início às 9h e término às 16h

 


Organize sua caravana

Contatos:

Sínodo Uruguai – (49) 3329-3583

Pastora Clarise Holzschuh – (49) 3304-9292 | (49) 9145-4016

Sínodo Noroeste Riograndense – (55) 3535-1103

Pastora Louraine Christmann – (55) 9100-9499 | (55) 9656-8919

Sínodo Planalto Riograndense – (54) 3331-1787

 

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Hino da Campanha da Fraternidade Ecumênica

 

A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016 será lançada, oficialmente, no dia 10 de fevereiro. O tema da Campanha é “Casa Comum, nossa responsabilidade”. O lema bíblico é “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5.24)

Fonte: http://portalkairos.org/campanha-da-fraternidade-2016/#ixzz3zJYIIgFv

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Pastoral Popular Luterana elege nova coordenação

“Deus chama a gente pr’um momento novo…”

Reunidas e reunidos, nos dias 31 de julho e 1º de agosto de 2015, em Palmitos/SC celebramos, sonhamos e planejamos sob a luz do Evangelho de João 4.7 “Dá-nos um pouco da tua água”. Traçamos os caminhos futuros para que a Pastoral Popular Luterana (PPL) possa continuar andando junto ao povo de Deus. Sedentas e sedentos de água viva, refletimos sobre a situação atual do país, da PPL e da IECLB, nos espectros social e eclesial.

O agricultor e membro da coordenação nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Charles Reginatto, nos ajudou na análise social do país, destacando aspectos da política econômica nacional e internacional. A lógica dominante é a da sobreposição do poder econômico frente aos direitos das pessoas, oprimindo-as, atingindo e ferindo, principalmente, as mais empobrecidas, trabalhadoras do campo e das cidades. Faz-se necessário fazermos um contraponto a esse modelo, visando a garantia de vida digna a todas as pessoas.

No Brasil vivemos um momento de crise. Há uma ascensão de pensamentos conservadores e autoritários, com uma mídia tendenciosa e um sistema politico em que o poder econômico se torna cada vez mais importante nos processos eleitorais. Acompanhamos recentemente campanhas eleitorais milionárias, financiadas por grandes empresas. Isso coloca em risco a verdadeira democracia. Organizações religiosas, movimentos e partidos políticos, comprometidos com a causa pública e com a vida das pessoas, são chamados a promoverem ações que visem à construção do pensamento coletivo-crítico. Temos a necessidade, urgente, de inverter a lógica individualista e opressiva vigente, promovendo a libertação.

No espectro eclesial, o professor e pastor, Dr. Flávio Schmidt, motivou à reflexão. Entende-se que a PPL sempre foi fermento na Igreja e na sociedade, articulando os paradigmas sociais e religiosos desde as necessidades das minorias – agricultoras e agricultores, mulheres, jovens, negras e negros, pessoas empobrecidas, marginalizados e marginalizadas – por meio de formação, mobilização e ação. Entretanto, assim como na sociedade como um todo, a IECLB também enfrenta ondas de conservadorismo e intolerância.

É papel da PPL, assim como tem feito durante seus 30 anos de testemunho e ação, promover vida em abundancia para todas as pessoas, combatendo todo e qualquer tipo de discriminação e opressão, na IECLB e na sociedade. Conscientes da missão profética da PPL, as pessoas presentes confiaram a tarefa de conduzir a pastoral pelos próximos três anos às seguintes pessoas:

Pastor Renato Kuntzer – coordenador;
Pastora Ires Helfensteller – tesoureira;
Educador social da Associação Diacônica Luterana (ADL), Gilmar Hollunder – secretário;
Mestrando em teologia, João Henrique Sumpf;
Agricultora e artesã, Sra. Edel Schneider.

Inspiradas e inspirados no texto do Evangelho de João 4.7, a PPL reafirma seu compromisso de proclamar a vida plena e em abundância, para que a exemplo da mulher samaritana, possa continuar sendo sinal visível do amor de Deus no Brasil e no mundo.