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Afirmando e reafirmando o desafio de sermos fermento na massa

Por isso, vá. Eu envio você. (Ex 3.10a)

Pessoas engajadas pela justiça e equidade, movidas pela fé no evangelho de Jesus Cristo, se reuniram entre os dias 03 e 05 de junho em Palmitos – SC no Encontro Nacional de Formação de Ministros e Ministras e Lideranças e 20ª Assembleia Geral da Pastoral Popular Luterana para viver, celebrar e atuar nas cores, cheiros e sabores da diversidade da criação, da sociedade e da IECLB.
A Pastoral Popular Luterana é um movimento de pessoas que caminham juntas com grupos marginalizados e oprimidos da sociedade. Em coerência com sua identidade, assume quatro tarefas prioritárias do seu testemunho e ação para os próximos anos: gênero, meio ambiente, minorias/excluídos e saúde, pelos eixos transversais: formação, comunicação, celebração e incidência. Através desses temas, foram elaboradas propostas que a PPL considera prioridade de atuação dentro da IECLB e dentro da própria pastoral.
Propõe-se que o tema do próximo encontro de formação seja relacionada a temática de Gênero. A PPL assume a tarefa da elaboração de uma política de justiça de gênero para orientar a atuação interna da mesma. Através da campanha “Em Comunhão com as Vidas das Mulheres” promovida pela Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias da IECLB em parceria com o Programa de Gênero e Religião da Faculdades EST, quer-se resgatar as histórias de vida das mulheres de nossas comunidades em celebração aos 500 anos da Reforma.
Há muitos grupos marginalizados e excluídos no Brasil. No momento a PPL quer estar junto, com vistas a concentrar seu testemunho e ação naqueles que considera prioridade. Somos uma igreja nascida da imigração e um extenso histórico de migração. Hoje há novos migrantes no país que necessitam de uma ação imediata de solidariedade. A PPL quer incentivar, através das comunidades da IECLB, projetos de inclusão linguística dos e das migrantes. Além do preconceito por serem estrangeiros, boa parte dos e das migrantes sofrem discriminação por serem negras, situação enfrentada também por brasileiros e brasileiras. A PPL quer ser voz profética contra o racismo e inserir-se junto a atividades da sociedade civil, valorizando a diversidade étnico-racial na igreja e na sociedade.

Também quer valorizar a cultura indígena, em uma atuação de respeito e empoderamento de sua identidade religiosa. Para isso, a PPL quer se posicionar em prol da causa indígena no atual momento do Brasil. Da mesma forma são urgentes ações pela inclusão integral LGBT na vida
comunitária, pois muitas pessoas enfrentam exclusão em suas comunidades e grupos em função de sua identidade afetiva.
Saúde e meio ambiente se interlaçam em uma visão integral do ser humano. A PPL fortalecerá os laços e parcerias com instituições como ACESA (Associação Central de Saúde Alternativa) e o CAPA (Centro de Apoio à Promoção da Agroecologia). Incentivar-se-á oficinas e feiras ecológicas e a organização a nível regional para realização desse compromisso.
Esses compromissos e tarefas são assumidos coletivamente pela Pastoral Popular Luterana, e orientarão o testemunho e ação das diversas frentes e grupos locais da PPL pelo Brasil.
Palmitos/SC, 05 de junho de 2016.
20ª Assembleia Geral da Pastoral Popular Luterana.

 

 

 

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