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Cartas Pastorais

Mutirão pela Paz!

Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei. (Gl 5.22-23a)
A paz é um fruto do Espírito de Deus.
A paz é um fruto do Espírito de Deus. Não é por acaso. Ela faz parte da essência do Evangelho, a boa nova de grande alegria. Após o nascimento de Jesus a boa nova é o fim do medo e o desejo de que se instaure a “paz na terra entre as pessoas a quem ele quer bem” (Lc 2.14). Também não é por acaso que após a sua ressurreição, a primeira palavra que Jesus dirige aos seus seguidores é de que não tenham medo e “paz seja convosco” (Jo 20.19). É fundamental que o anúncio do Evangelho seja conduzido sem medo e pela prática da paz, conforme a proposta do Reino de Deus, testemunhado publicamente por Jesus de Nazaré. “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9).
No primeiro dia do ano celebramos mundialmente o Dia da Paz. A Pastoral Popular Luterana vem nesta ocasião, reafirmar a sua tarefa evangélica e profética de promover e educar para a paz. Enquanto houver palavras e ações humanas que promovem o poder, a violência e a exclusão de outros seres humanos, que são igualmente imagem e semelhança de Deus, igualmente revestidos por Deus de dignidade,
Condenamos:
– os discursos vulgares e ações agressivas contra as minorias: homofobia, racismo, misoginia e afins;
– as propagandas e politicas de segurança enganosas que visam popularizar o porte e posse de armas de fogo, alegando segurança e diminuição da violência;
– o fundamentalismo religioso que manipula a Palavra de Deus e dela faz uso para a prática da violência contra manifestações religiosas minoritárias;
– a intolerância religiosa promovida por ideologias que não tem bom senso e respeito mínimo à diversidade;
– a violência protagonizada por discurso religioso e político contra os povos indígenas, a população negra e os pobres;
– a violência do Estado contra movimentos sociais, movimentos populares que buscam manter os seus direitos e lutam por justiça e democracia;
– a disseminação de mentiras pelo oligopólio midiático e redes sociais, promovendo uma onda de desinformação que, na prática, restringe o direito à comunicação;
– os rumos da desastrosa política ambiental no governo com a revisão do Código Florestal e das Unidades de Conservação que apoia a prática e a impunidade aos crimes ambientais;
– os desmontes na educação em níveis federal e estadual, que sucateiam o magistério e visam destruir o pensamento crítico e perpetuar a manutenção das desigualdades.
o acobertamento institucionalizado de movimentos fascistas e nazistas;
Como promotores da paz (pacificadores), nossa responsabilidade pastoral nos compromete com a educação para a paz. Paz é poder viver feliz, estar completamente bem, estar cercado de tudo o que se precisa para estar satisfeito. E tal experiencia de paz deve estar acessível a todos os seres humanos. Caso isso não ocorra, jamais teremos paz. Precisamos juntar forças com todas as entidades parceiras e pessoas de boa vontade que buscam e se empenham pelo Reino de paz, amor e justiça. Nesse sentido, a Pastoral Popular Luterana reafirma este seu compromisso: o bem estar pleno (Shalom),
Manifestamos nossos votos e nosso desejo de parceria pela edificação da verdadeira paz, aquela que Cristo nos dá. Que o Espírito de Deus nos mova para isso! “Vem, entra na roda com a gente também!”
31 de dezembro 2019

Coordenação Nacional da PPL

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